estaminais12b

Este blog foi desenvolvido pela turma B do 12ºano de 2005/2006 da Escola EB2,3/S de Penalva do Castelo, na sequência da realização de uma pesquisa sobre células estaminais. Pretende-se o desenvolvimento de competências procedimentais e atitudinais do programa de Biologia do 12ºano, nomeadamente o desenvolvimento de opiniões criticas e informadas, a reflexão sobre implicações biológicas e socioéticas, etc.

Sunday, April 09, 2006

Células Estaminais - utilização, by Luis Aguiar




Células estaminais já são bom negócio em Portugal
Pais recorrem cada vez mais a empresas para preservar sangue do cordão umbilical Eficácia das células em tratamentos futuros está ainda por comprovar cientificamente

Pais ansiosos estão a pagar mil euros pela conservação do sangue do cordão umbilical dos filhos, "comprando" um serviço cada vez mais procurado, mas cuja aplicação ainda não foi cientificamente demonstrada. "Uma oportunidade única que pode proteger o seu filho" ou "salve a vida do seu filho" são as frases com que duas empresas que se dedicam à conservação do sangue do cordão umbilical apresentam os seus serviços.O presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, Daniel Pereira da Silva, disse que cada vez mais é confrontado com dúvidas de mulheres que o questionam sobre se devem ou não recorrer a este serviço. É uma pergunta difícil de responder a grávidas ansiosas que, naturalmente, estão dispostas a tudo para proteger a saúde do seu filho. Daniel Pereira da Silva alerta, contudo, que se trata de "um investimento, com custos económicos significativos, que deve ser visto como uma potencialidade e não uma realidade". Sandra Moutinho
Fig.1-O conhecimento sobre as capacidades terapêuticas das células está por comprovar

Opinião pessoal
Na minha opinião, existindo uma hipótese de conservar as células estaminais embrionárias de preservas as células estaminais do cordão umbilical, para se um dia o seu filho precisar, acho correcto mas acho que se deve ter atenção que a aplicação nunca foi cientificamente demonstrado, pois podemos tare a pagar por um serviço que não poderá ser utilizado.
Também se deve ter em atenção a empresa que recorrer para este serviço, pois deve se ter um cuidado especial com a conservação dessas células pois é um trabalho que se deve ter muito cuidado pois a se a conservação o cordão umbilical pode salvar o seu filho.
Resumindo na minha opinião deve-se esperar mais um bocado para recorrer a este serviço pois ainda não foi comprovado cientificamente e ter em atenção a empresa que vai fazer esse serviço.

Células Estaminais - Utilização, by Marlene

As células estaminais são células indiferenciadas que têm a capacidade de se auto-renovar, de se dividir indefinidamente e também de se diferenciar em diversas linhagens celulares.

No futuro, as células estaminais do cordão umbilical poderão curar diversas doenças tais cimo:

Anemia aplástica adquirida
Síndroma de Shwachman-Diamond
Deficiência imunitária da deaminase da adenosina (em combinação com terapia génica)
Traumatismo cerebral e anoxia cerebral (em regime experimental, com resultados ainda desconhecidos)

Nestas doenças o paciente utiliza as suas próprias células anteriormente criopreservadas.

As seguintes doenças foram já tratadas com transplantes de células estaminais do sangue do cordão umbilical, sendo o dador uma outra pessoa que não o paciente:

•Leucemia linfóide aguda
• Leucemia mielóide aguda
• Leucemia mielóide crónica
• Leucemia mielóide crónica juvenil
• Linfoma de Burkitt
• Liposarcoma
• Sindrome Mielodisplásico
• Tumores sólidos (ex: neuroblastoma ou retinoblastoma)
• Doença de Hodgkin refractária
• Linfoma Não-Hodgkin
• Sindroma de Omenn
• Deficiências imunitárias combinadas severas
• Disgénese reticular
• Displasia timica
• Leucodistrofia celular globóide
• Sindroma de Wiskott Aldrich
• Sindroma Linfoproliferativo ligado ao cromossoma X
• Sindroma de Evans
• Osteopetrose
• Histiocitose das células de Langerhans
• Diabetes
• Acidentes vasculares cerebrais
• Doença de Parkinson
• Doença de Alzeimer

CelulasEstaminais Não Embrionárias Adultas, by André


Células estaminais adultas

Para contornar os problemas éticos e políticos que cercam as células estaminais dos embriões, os cientistas estão à procura de fontes alternativas.
No organismo adulto, foram identificadas células estaminais em muitos órgãos e tecidos. Estas encontram-se em órgãos como a medula óssea, a pele ou o intestino, que têm um elevado grau de perda celular. Deste modo, as células estaminais adultas diferenciam-se preferencialmente em células do mesmo tipo do órgão de onde derivam.

Reconstruir o coração
Uma fonte de células estaminais é a medula óssea. Estas podem diferenciar-se para produzirem tipos de células completamente diferentes, como células do cérebro, células nervosas, do intestino ou da pele.
Nos EUA foram usadas células estaminais da medula óssea para tratar doentes com grave insuficiência coronária. A medula óssea foi estimulada a produzir células estaminais, que depois foram recolhidas do sangue e injectadas, via catater introduzido na artéria até ao coração, numa parte do músculo cardíaco que sobrevivera aos vários ataques, mas não se contraíra. Este tratamento mostrou que a terapia com células estaminais
restaura parte da capacidade de bombeamento do sangue que os doentes cardíacos graves perderam.

Engenharia dos olhos
Quando doenças ou lesões graves atacam os pacientes e estes necessitam de tecidos sãos, estes podem agora ser reproduzidos em laboratório.
No Japão, os cientistas retiraram a um paciente, que estava quase cego, um pedacinho de tecido do interior da bochecha, a partir do qual desenvolveram células estaminais. Colocaram-nas num meio de cultura, transplantaram uma fina camada para a córnea danificada e cobriram-na com uma lente de contacto macia. Ao fim de algum tempo o paciente via nitidamente, e um ano depois a sua visão continua nítida.

Estes resultados parecem promissores. Com a utilização deste tipo de células os problemas éticos e políticos podem ser minimizados. No entanto, a nível científico, existem algumas reservas, porque as células estaminais crescem rapidamente e não há certeza de que não se transformem em células cancerígenas ao fim de dez ou mais anos no organismo. Por isso, são apenas utilizadas em doentes mais graves.

Células Estaminais Não Embrionárias Adultas by Luis Pedro

Células estaminais são células que se podem diferenciar em diversos tipos celulares, tendo igualmente a capacidade de se auto-renovar e dividir indefinidamente.
As células estaminais com potencial mais abrangente são as células estaminais embrionárias, derivadas da massa interior do blastócito. Estas células podem dar origem a todos os tipos celulares do indivíduo adulto, mas não ao organismo inteiro (daí serem pluripotentes, não totipotentes como o zigoto). À medida que o desenvolvimento do organismo avança, o potencial das células estaminais passa a ser mais restrito, podendo originar células da sua linhagem embrionária mas não de outras linhagens (multipotência). No organismo adulto, as células estaminais adultas encontram-se presentes em órgãos como a medula óssea, a pele ou o intestino, que têm um elevado grau de perda celular, requerendo uma substituição constante das suas células. Deste modo, as células estaminais adultas diferenciam-se preferencialmente em células do mesmo tipo do órgão de onde derivam.
Uma fonte de células estaminais não embrionárias é o sangue do cordão umbilical, que possui uma grande concentração de células estaminais hematopoiéticas, para além de células estaminais mesenquimais e células estaminais/progenitoras endoteliais. Estas células estaminais neonatais podem ser colhidas e processadas logo após o nascimento, num processo totalmente seguro e indolor para a mãe e para o recém-nascido, tendo substancial aplicabilidade terapêutica. Dos diferentes tipos de células estaminais, as que estão presentes na medula óssea e no sangue do cordão umbilical são as que apresentam maior aplicabilidade terapêutica imediata. No futuro, a investigação científica nesta área deverá fazer aumentar a gama de doenças em que são aplicadas estas células estaminais.
Este documento sintetiza de uma forma clara e resumida a importância das células estaminais.
Também nos deixa algumas informações sobre a sua utilidade e fontes de onde se podem extrair.

Saturday, April 08, 2006

Células estaminais não embrionárias neonatais, by Susana Fernandes

Cordão Umbilical
Uma fonte privilegiada de células estaminais é o sangue do cordão umbilical, que contém células estaminais hematopoiéticas, em que é normalmente descartado durante no parto.
As células estaminais presentes no sangue do cordão umbilical não são células embrionárias e, como tal, não se colocam quaisquer questões de natureza ética que limite o seu uso para fins terapêuticos ou de investigação.
As células estaminais adultas dão origem, geralmente, aos tipos celulares dos tecidos de onde são provenientes. Assim, as células estaminais hematopoiéticas da medula óssea ou do sangue do cordão umbilical dão origem a células sanguíneas. Estudos recentes têm vindo a demonstrar que o sangue do cordão umbilical não possui somente células estaminais hematopoiéticas. Tal como na medula óssea, foi identificada uma população de células com elevado potencial de diferenciação, assim o sangue do cordão umbilical contém células estamina endoteliais, as quais desempenham uma importante função na formação dos vasos sanguíneos Embora no presente a aplicação das células estaminais do sangue do cordão umbilical se reduza fundamentalmente a doenças sanguíneas e cancerígenas, experiências em modelos animais sugerem que, no futuro, a gama de aplicações da terapia celular com estas células poderá alargar-se a doenças do foro não imunológico ou sanguíneo, como as doenças neurodegenerativas, a diabetes, disfunções hepáticas e lesões vasculares Também a terapia genética das células estaminais poderá alargar ainda mais a aplicabilidade do sangue do cordão umbilical a outro tipo de doenças, como as doenças metabólicas hereditárias
O sangue do cordão umbilical, têm a particularidade de recolha das células estaminais, estas são retiradas sem afectar a mãe ou a criança. São também 100% compatíveis com o bebé caso este venha alguma vez a desenvolver uma doença. Além disso algumas empresas argumentam que o sangue do cordão umbilical do bebé também poderá ser uma fonte de células estaminais compatíveis com familiares do bebé – irmãos e irmãs, pais e avós.
As células estaminais do sangue do cordão umbilical apresentam inúmeras aplicações terapêuticas ao nível das doenças hematooncológicas, sendo actualmente consideradas uma alternativa às células estaminais da medula óssea. Nos últimos 15 anos as células estaminais do sangue do cordão umbilical têm sido usadas como alternativa às células da medula óssea no tratamento de diversas doenças hematológicas e/ou oncológicas. As células estaminais presentes no sangue do cordão umbilical têm maior capacidade proliferativa do que as que são obtidas a partir da medula óssea ou do sangue periférico (cerca de 10 vezes mais).

Fig.1 – Experiências com o sangue do cordão umbilical
Julgo que a recolha do sangue do cordão umbilical durante o parto é vantajoso, pois assim, com este sangue pode-se salvar muita gente com problemas, embora tenham de ser compatíveis com o respectivo sangue. Outra vantagem é que a recolha do sangue não afecta a mãe nem o bebé e uma vez que também pode ser útil para o bebé um dia mais tarde ou também para um familiar próximo do bebé.

Células estaminais estaminais não embrionárias neonatais, by Fernanda Carneiro

Células Estaminais não Embrionárias em Recém – Nascidos.

O grande desenvolvimento tecnológico e científico a que se tem vindo a assistir nas últimas décadas tem surpreendido e, por vezes, até ultrapassado o limite da ficção científica. Este desenvolvimento não é apenas sinónimo de progresso, melhoria de condições de vida, aumento da saúde e da longevidade, mas também traz novos desafios e novos problemas para a comunidade científica.
O isolamento de células estaminais em animais e depois em humanos, a partir de 1998, permitiu um desenvolvimento importante e prometedor da medicina. Uma última opção como fonte de células estaminais é o sangue do cordão umbilical que normalmente é eliminado no parto. A obtenção, conservação e utilização terapêutica de células estaminais obtidas a partir de embriões, do cordão umbilical ou da placenta abriu novas esperanças para o combate a doenças crónicas e degenerativas, como a diabetes ou as doenças de Alzheimer e de Parkinson, mas também para regeneração tecidular após lesões da medula espinal, enfarte do miocárdio e muitas outras doenças. Neste curto período que decorre desde o início da investigação em células estaminais, a comunidade científica tem considerado cuidadosamente as implicações éticas desta técnica, e tem valorizado os seus contributos fundamentais para o futuro da medicina.
Fig.1 – Individuo acabado de nascer.

Em Junho de 2005 foi feito um transplante de células estaminais do cordão umbilical no tratamento de uma doença genética rara.
A doença de Krabbe é uma doença rara causada pela deficiência de uma enzima envolvida na formação da mielina, uma bainha isolante que protege as célulasnervosas. A doença manifesta-se cedo, por volta dos 4 meses, caracterizando-se por uma deterioração neurológica progressiva, geralmente fatal antes de atingidos os dois anos de idade. Num estudo recente, publicado na revista New England Journal of Medicine, foi demonstrado que crianças com a doença de Krabbe’s podem ser tratadas, se receberem atempadamente um transplante heterólogo de sangue do cordão umbilical, o que faz com que o indivíduo possa sobreviver.
Deste modo, e na minha opinião o sangue do cordão umbilical, que geralmente é descartado durante o parto, é uma fonte privilegiada para salvar a vida de um indivíduo, as células estaminais que estes contêm apresentam inúmeras aplicações terapêuticas sendo consideradas uma alternativa da medula óssea. Esta nova realidade tecnológica faz com que seja permitido criar e prolongar situações de vida, criando o aumento da qualidade de vida.

Células Estaminais provenientes de EmbriõesCrioconservados Excedentários de tratamentos RMA, by Carla

Células Estaminais Embrionárias Provenientes de Embriões Crioconservados Excedentes de RMA
«Poderosas e Controversas»

Células estaminais são todas as que se podem diferenciar noutros tipos celulares e têm a capacidade de se auto - renovar e dividir indefinidamente. Encontram-se na medula óssea e no sangue periférico dos adultos, no sangue do cordão umbilical e … em «jovens» embriões. O potencial terapêutico das duas primeiras é sobejamente conhecido: os transplantes de medula óssea efectuamcom sucesso desde 1968 e os de sangue do cordão desde 1988. O potencial humano das células embrionárias é igualmente sabido pois é nelas que está a génese de todas as células e tecidos que constituem o corpo humano, do cérebro à pele, do fígado aos ossos, dos nervos ao coração… o que só há muito pouco tempo se descobriu foi que as células estaminais embrionárias também encerram em si um enorme potencial terapêutico porque se podem diferenciar em tecidos e órgãos feitos à medida das necessidades de cada doente. Fig.1-Células Estaminais
O poder das células estaminais embrionárias advém precisamente das suas características: são primitivas e indiferenciadas. E, precisamente por isso, podem dar origem a todos os tipos celulares… mesmo num indivíduo adulto. Mas, para que tal possa acontecer urge que se continue a investigar e que possam ser retiradas de embriões com 5 dias (que têm nesta altura 200 células e o diâmetro de uma agulha de coser). Há milhões criopreservados em todo o mundo, uns viáveis outros nem por isso. Uns ainda à guarda dos casais que recorreram à RMA, outros já «oferecidos» para investigação científica em proveito da ciência, da medicina, da humanidade. Outros foram destruídos! E é aqui que entram a ética, a religião, a política. E tudo se complica! Fig.2–Embrião Humano.
Em Portugal pode se pressupor que tudo é possível por falta de uma lei que defina regras, critérios e imponha limites. Tem-nos valido o bom senso e a consciência dos médicos que há mais de 20 anos a esta parte trabalham com as diferentes técnicas de RMA, sendo que eles próprios exigem há muito a criação de legislação específica. Em parecer aprovado em Novembro último sobre «Investigação em Células Estaminais», o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida deu luz verde à colheita de células estaminais de embriões crioconservados excedentários provenientes de RMA desde que não seja aquela a causa de destruição desses embriões.

Comentário Pessoal:
Para quem acredita que a vida começa no momento em que um espermatozóide fertiliza um oócito II é naturalmente imoral e inaceitável congelar, manipular, escolher ou destruir vida. Para quem acredita, como eu, e como os cientistas que garantem que um embrião com 5 dias não possui qualquer característica individual nem traços de um sistema nervoso central, impedir a colheita das células estaminais (que não têm capacidade de dar origem a um bebé se implantadas no útero) de embriões congelados é hipocrisia, é maldade, é retrocesso. É antiético porque impede o progresso da ciência e o desenvolvimento de novas terapêuticas que poderão salvar milhões de vidas!

Células Estaminais Embrionárias provenientes de embriões crioconservados excedentários de tratamentos RMA, by Filipe

Embriões excedentários aproveitados para a “remoção” de células estaminais embrionárias

Verificou-se que a percentagem de êxito da obtenção de uma gravidez evolutiva através da RMA cresce à medida que se aumenta, até certo valor, o número de zigotos ou embriões transferidos e, portanto, de oócitos inseminados. Por essa razão se pratica a estimulação hormonal para provocar a superovulação de modo a poder colher vários oócitos no mesmo ciclo. O número de oócitos obtidos em consequência da estimulação hormonal é alta e imprevisivelmente variável. Dos oócitos que forem inseminados também não é fácil prever, em cada situação clínica, quantos virão a ser fecundados e a originar embriões.
Consequentemente, os embriões que excedam em número os três (ou quatro) dizem-se excedentários e não poderão ser transferidos naquele ciclo. O seu destino constitui um grave problema ético, social e legal. A não serem imediatamente abandonados, poderão ser congelados para posterior utilização pelo casal que lhes deu origem, para doação a outro casal infértil, ou para uso em investigação (como por exemplo para se extraírem células estaminais embrionárias para curar algumas doenças).
Existe, a nível mundial, uma irredutível controvérsia sobre a licitude destes destinos, baseada na diversidade de opiniões acerca do estatuto do embrião – tem ele, ou não, a mesma dignidade da pessoa humana plenamente desenvolvida? Merece, ou não, a mesma protecção e respeito?
Para uns, a dignidade da pessoa humana só se adquire gradualmente ao longo do processo que conduz do ovo ao indivíduo inteiramente formado. Para esses torna-se eticamente aceitável, sob determinadas condições, a eliminação de embriões excedentários, a sua doação a outros casais inférteis ou o seu uso para investigações de comprovada importância científica. Para outros, pelo contrário, o ovo e o embrião participam já da mesma dignidade da pessoa humana.
Pela fecundação estabelece-se uma nova individualidade genética e destino humano que em seguida se irão simplesmente expressando em fases sucessivas e graduais de um processo contínuo, mas cujo dinamismo lhe vem e já estava contido no ovo. Para esses, os embriões merecem a mesma protecção e respeito que a pessoa humana plenamente desenvolvida. Um embrião excedentário que se abandona, ou se dá a outro casal, ou se submete a uma investigação (aproveitando-se por exemplo para extrair células estaminais embrionárias) que não é em seu favor, constitui um grave atentado à dignidade humana. Enquanto esta controvérsia não for resolvida e subsistir a dúvida, tem aplicação, entretanto e sempre, o princípio ético que estabelece ser gravemente ilícito atentar contra uma entidade de que se duvida se, sim ou não, constitui um sujeito investido de plena dignidade humana.

Comentário pessoal: Apesar de todo este tema ser muito
polémico, a minha opinião é que não se deveriam usar embriões crioconservados, excedentes de RMA para a investigação, e para se extraírem células estaminais embrionárias, mesmo que estas sejam muito importantes para a “cura” de determinadas doenças.

Células Estaminais provenientes de EmbriõesCrioconservados Excedentários de tratamentos RMA, by Ana Pinto

Células Estaminais Embrionárias provenientes de embriões crioconservados

Existem actualmente pelo menos 100 000 embriões excedentários armazenados em congeladores por toda a União Europeia.

Fig.1: Tratamentos de esterilidade
Estes embriões foram criados como uma fase de rotina dos tratamentos da esterilidade (FIV). Um único ciclo de tratamento de FIV envolve normalmente a fertilização simultânea de vários ovos. De seguida, vários ovos fertilizados são reimplantados na mãe e os restantes são congelados, caso a primeira tentativa de gravidez não seja bem sucedida.
Se a mulher sujeita à FVI engravidar de imediato, o casal pode optar por não utilizar os restantes embriões. Em alguns países, os casais podem optar por doar os embriões para investigação ou pela sua eliminação.
No entanto, nunca chegou a ser tomada uma decisão sobre o destino de alguns embriões armazenados.
Outra fonte de embriões para o fornecimento de células estaminais, ainda mais controversa, seria a criação de embriões somente para investigação ou tratamento. Nunca existiu qualquer intenção de os implantar numa mulher. A criação de um embrião com esta finalidade é considerada por muitas pessoas (e por alguns governos) como eticamente errada.
Contudo, já existem milhões de espermatozóides e milhares de ovos não fertilizados congelados em clínicas de FIV em toda a Europa. Se os espermatozóides fossem utilizados para fertilizar os ovos, existiriam ainda mais embriões para fornecer células estaminais de modo a curar doenças.
Existe uma outra forma de obter embriões humanos, nomeadamente a utilização da técnica da clonagem. Esta técnica, envolve a criação de um embrião humano que contenha a composição genética completa de alguém que já está vivo. Caso seja implantado no útero da mulher, o embrião pode teoricamente desenvolver-se num clone (uma cópia geneticamente igual) dessa pessoa. Se for utilizado para investigação, o embrião pode fornecer células estaminais para curar doenças.

Opinião / Crítica:

Este trabalho deu-me “gozo”realizar porque me proporcionou um maior conhecimento acerca das “Células estaminais embrionárias provenientes de embriões crioconservados excedentários de tratamentos de RMA”, uma vez que é um tema muito actual, ficando, assim, a conhecer melhor uma técnica que pode fazer com que muitas mulheres engravidem, possibilitando assim a felicidade de muitos casais que andam muitas vezes anos a tentarem ter filhos e não conseguem. Assim, estas células não só permitem que o casal tenha filhos como também a cura de muitas doenças.
Portanto, é um avanço da ciência, que a meu ver é muito gratificante para as pessoas, tornando-se muito favorável. Embora, que por vezes possam existir embriões cujo destino é incerto (lixo, morte), o que não me parece muito certo e ético.

Células estaminais embrionárias provenientes de embriões produzidos com gâmetas criopreservados excedentários de tratamento de RMA, by Isabel

Células estaminais embrionárias provenientes de embriões produzidos com gâmetas criopreservados excedentários de tratamentos de RMA
As células vão revolucionar o futuro da medicina? Podem curar a diabetes, a doença de Alzheimer e doenças de coração? Será que as pessoas querem estas curas se as células estaminais tiverem origem em embriões humanos? Será que a clonagem humana é uma melhor opção?
As células estaminais são células extraordinárias cujo destino ainda não foi "decidido". Podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através de um processo denominado "diferenciação".
Nas fases iniciais do desenvolvimento humano, as células estaminais do embrião "diferenciam-se" em todos os tipos de células existentes no organismo - cérebro, ossos, coração, músculos, pele, etc.
Num futuro próximo, a investigação das células estaminais poderá revolucionar a forma de tratamento de muitas "doenças mortais" como, por exemplo, acidentes vasculares cerebrais, a diabetes, doenças cardíacas e até mesmo a paralisia.
As atitudes relativamente à utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos variam de país para país. Na Alemanha, por exemplo, a remoção de células estaminais de um embrião humano é considerada ilegal.
Na Grã-Bretanha é legal mas, de acordo com regulamentos rigorosos, os cientistas britânicos podem utilizar embriões humanos para investigação até 14 dias após a fertilização. Nesta altura, o embrião é uma bola de células com cerca de um quarto do tamanho de uma cabeça de alfinete (0,2 mm).Muitos países ainda não possuem leis claras que regulem a investigação de células estaminais humanas.

De onde vêm os embriões humanos?
Existem actualmente pelo menos 100 000 embriões excedentários armazenados em congeladores por toda a União Europeia.
Estes embriões foram criados como uma fase de rotina dos tratamentos da esterilidade (FIV). Um único ciclo de tratamento de FIV envolve normalmente a fertilização simultânea de vários ovos. De seguida, vários ovos fertilizados são reimplantados na mãe e os restantes são congelados, caso a primeira tentativa de gravidez não seja bem sucedida.
Se a mulher sujeita à FVI engravidar de imediato, o casal pode optar por não utilizar os restantes embriões. Em alguns países, os casais podem optar por doar os embriões para investigação ou pela sua eliminação.
Uma segunda fonte de embriões para o fornecimento de células estaminais, ainda mais controversa, seria a criação de embriões somente para investigação ou tratamento. Nunca existiu qualquer intenção de os implantar numa mulher. A criação de um embrião com esta finalidade é considerada por muitas pessoas (e por alguns governos) como eticamente errada.
Contudo, já existem milhões de espermatozóides e milhares de ovos não fertilizados congelados em clínicas de FIV em toda a Europa. Se os espermatozóides fossem utilizados para fertilizar os ovos, existiriam ainda mais embriões para fornecer células estaminais de modo a curar doenças.
Actualmente, as células estaminais são retiradas de embriões humanos apenas alguns dias após a fertilização. Nesta fase, o embrião mede cerca de um quarto do tamanho de uma cabeça de alfinete.
A utilização de um embrião provoca problemas éticos. Os cientistas esperam poder utilizar, no futuro, células estaminais retiradas de adultos, depois do devido consentimento.

É correcto utilizar um embrião como uma "fábrica" de células estaminais?
Para alguns, um embrião recente é apenas uma bola de células sem quaisquer características humanas formadas, passível de investigação médica. Para outros, a investigação com embriões é inaceitável porque consideram o embrião um humano tão completo como um bebé ou um adulto.

É possível obter embriões de modo ético?
Existem algumas centenas de milhar de embriões excedentários armazenados em congeladores por toda a Europa. Para alguns deles, o seu destino é incerto. Na Alemanha, a lei explicitamente previne a criação de embriões excedentários, permitindo apenas a fertilização de alguns ovos de cada vez, sendo todos implantados na mãe.

Células estaminais embrionárias provenientes de embriões produzidos com gâmetas criopreservados excedentários de tratamento de MRA, by Marisa

As células estaminais são células que se podem diferenciar em diversos tipos celulares, tendo igualmente a capacidade de se auto-renovar e dividir indefinidamente.
É geralmente invocado que as células estaminais obtidas nas fases iniciais do desenvolvimento do embrião têm capacidades evolutivas muito superiores às das células estaminais ditas adultas, já que, ao contrário destas, poderão vir a dar origem a todo e qualquer tecido do organismo humano. Assim sendo, cientistas preferem investigar células estaminais provenientes do embrião.
Como não é considerado eticamente correcto fertilizar um óvulo apenas com o intuito de obter células estaminais do embrião resultante, pondera-se recorrer-se a embriões resultantes do processo nor mal da procriação medicamente assistida, que podem ser doados para investigação se um casal assim o preferir.
Contudo, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) considera que a colheita destas em embriões excedentários crioconservados só é admissível quando se suspenda essa congelação por outros motivos que não a colheita para investigação. Ou seja, a ocasião só poderá surgir se os embriões forem descongelados por já não serem viáveis ou não haver interesse dos progenitores no seu uso na fertilização in vitro.
O parecer especifica que a destruição de embriões crioconservados, com o fim específico de obter células estaminais embrionárias para a investigação "constitui uma instrumentalização contrária à dignidade" do embrião. Mas não enjeita que os legisladores venham a autorizar o recurso às células estaminais de embriões retirados da crioconservação.
É de salientar que esta investigação científica através de células do blastocisto, se revela de uma inegável importância para a humanidade, dado que doenças incuráveis como a doença de Parkingson, poderão conhecer a cura. Representa um enorme progresso no combate ao sofrimento humano.
A posição contra a investigação científica, tem na sua base o argumento: a vida de uma pessoa humana começa logo com a fecundação. Qualquer acto humano que impeça o produto da concepção de se tornar um embrião, e de nascer é um crime.
Pelo facto de a investigação em células estaminais poder significar a solução de muitas doenças, penso que deveriam ser dados mais apoios a investigadores nesta área.
Por outro lado também compreendo as razões contra esta investigação, afinal, um embrião deve ou não, ser já considerado um ser humano? Se sim, não se pode tratar assim uma vida humana.

Células estaminais embrionárias provenientes de embriões produzidos por clonagem a partir de um aduto, by Felisbela

Investigação em células estaminais embrionárias, derivadas de embriões clonados por TNCS
Células estaminais são células que possuem a capacidade de se dividirem infinitamente e de dar origem a células especializadas, bem como a novas células estaminais com propriedades idênticas. As células estaminais com potencial mais abrangente são as células estaminais embrionárias, derivadas da massa interior do blastocisto.
fig1-Células estaminais
Avanços recentes verificados ao nível da tecnologia de células estaminais tornam a investigação em embriões humanos uma área especialmente promissora, prevendo-se que venha a desempenhar um papel fulcral no tratamento de muitas doenças crónicas, a par de continuar a alimentar as esperanças daqueles que sofrem de problemas de infertilidade. Os avanços no domínio da investigação das células estaminais humanas dependem, em larga medida, da investigação em embriões humanos. As células estaminais embrionárias poderão proporcionar um vasto conjunto de aplicações terapêuticas, como sejam o transplante de tecidos e de órgãos. Poderão ainda fornecer informações valiosas relativas à embriogénese, aos mecanismos anómalos de desenvolvimento, à genética humana e à toxicidade de medicamentos.
Opinião: A meu ver as células estaminais embrionárias são simplesmente muito importantes para todo o ser humano a nível da saúde, no entanto ainda existe muito por ser concluído, quanto à técnica TNCS a qual como já referi produz embriões clonados é uma técnica também importante pois pelos dados apurados é uma técnica que contorna vários problemas éticos, no entanto ainda levanta problemas de natureza técnica e alguma ética pois a produção de linhas celulares por este meio exigirá a doação de uma grande quantidade de oócitos humanos necessários para o processo de transferência nuclear.
Células estaminais embrionárias derivadas de embriões clonados
A utilização da tecnologia de TNCS para produzir embriões clonados é apresentada como uma forma de contornar algumas restrições éticas e legais existentes em matéria de investigação em células estaminais embrionárias. A hipótese avançada é a de que a TNCS poderá não violar as leis que proíbem a criação de embriões humanos, dado que, na realidade, não implica um processo de fecundação. A técnica consiste na inserção de um núcleo inteiro de uma célula adulta num oócito sem núcleo. Útil para o transplante de tecidos e órgãos, na medida que permite criar enxertos autólogos. Esta técnica tem de aliciante contornar muitas das preocupações associadas à utilização de tecido de fetos mortos, de embriões congelados ou de embriões que tenham sido exclusivamente criados para fins de investigação. A tecnologia de TNCS tem sido considerada uma das formas de contornar alguns problemas éticos relacionados com a criação intencional de embriões para fins de Investigação pois permite a criação de linhas celulares estaminais com base em células somáticas.
Opinião: A meu ver as células estaminais embrionárias são simplesmente muito importantes para todo o ser humano a nível da saúde, no entanto ainda existe muito por ser concluído, quanto à técnica TNCS a qual como já referi produz embriões clonados é uma técnica também importante pois pelos dados apurados é uma técnica que contorna vários problemas éticos, no entanto ainda levanta problemas de natureza técnica e alguma ética pois a produção de linhas celulares por este meio exigirá a doação de uma grande quantidade de oócitos humanos necessários para o processo de transferência nuclear.

Friday, April 07, 2006

Células estaminais embrionárias provenientes de embriões produzidos por clonagem a partir de um adulto, by Sofia

Reino Unido autoriza clonagem humana para obter células estaminais
O Reino Unido alterou a sua legislação e autoriza agora a clonagem de humanos, mantê-los até 14 dias e extrair células estaminais para pesquisa de tratamentos de doenças.
Uma equipa de cientistas pretende criar dezenas de embriões clonados usando a mesma técnica usada na criação da ovelha Dolly.
Inicialmente, os clones são utilizados como fonte de células estaminais – espécie de células primitivas que se podem desenvolver em vários tipos de tecidos –, que vão ser utilizadas para o tratamento de doenças como: diabetes, doença de Parkinson e Alzheimer. A intenção desta equipa de cientistas não é criar clones humanos mas salvar vidas, portanto o embrião clonado será destruído e servirá apenas de matéria para fornecimento de células estaminais para serem usadas noutros organismos humanos. A permanência dos embriões clonados é desfeita uma vez que a sua utilidade desaparece.


Comentário: eu acho é importante a pesquisa sobre a utilidade das células estaminais na cura de várias doenças crónicas, no entanto acho que não é ético clonar humanos para obter células estaminais uma vez que existem outras fontes de células estaminais.

Crioconservação de Gâmetas, by Cláudia

Crioconservação… Filhos do Frio!!!

Desde a década de 70 que a maioria dos homens e mulheres com problemas de fertilidade têm uma elevada possibilidade de virem a ser pais.
Os cientistas aprenderam a congelar oócitos e tecido ovárico de mulheres com elevado risco de sofrerem menopausa precoce, que podem tornar-se estéreis devido a tratamentos médicos (ex: Quimioterapia) ou das que desejam adiar a maternidade. Este material ultracongelado já foi utilizado para gerar mais de uma centena de gravidezes em todo mundo.
Porem, os avanços científicos no campo da reprodução assistida acarretam sérios dilemas bioéticos e legais, tais como: o aluguer de úteros, a selecção de embriões através de testes genéticos, a clonagem de embriões, criocongelação de óvulos e espermatozóides e a concepção de bebés para salvar a vida de irmãos.
Alguns cientistas alertam para o facto de algumas das técnicas actualmente usadas como a injecção intracitoplasmática de espermatozóides, o recurso a oócitos criogenizados e a transferência de embriões congelados, não terem sido suficientemente avaliadas. Estudos controversos indicam que estes processos poderão acarretar alterações cromossómicas nos embriões.
In Super Interessante, nº69 (adaptado)
Fig.1 e 2- Crioconservação dos gâmetas em azoto liquido com pré-tratamentos e em meios próprios


A minha opinião……

A crioconservação de gâmetas constitui um dos marcos da reprodução medicamente assistida.
Os casais que apresentam problemas de infertilidade só recorrem a bancos de espermatozóides e de oócitos quando já não existe mais alternativas, pois já realizaram todos os tratamentos da RMA e recorrem a ajuda destes por diversos motivos, ou porque um deles apresenta uma doença hereditária que pode passar para os filhos, ou quando o homem não produz espermatozóides, ou quando a mulher teve uma menopausa precoce.
Neste tipo de bancos quando o sémen é doado este permanece intocável durante um período de seis meses, a longevidade do esperma crioconservado ainda se encontra por determinar, mas já foram geradas gravidezes com esperma conservado a 15 anos. Os dadores estão entre a casa dos 18 anos e 29 anos, a identidade destes nunca é revelada.
Apesar de todos os problemas levantados com esta técnica, eu sou a favor dela, pois esta a luz ao fundo do túnel para quem deseja a maternidade.

Bioconservação de Embriões, by Ana Pina




A crioconservação embrionária consiste no ultracongelamento (cerca de -190ºC) em azoto líquido, de embriões que embora reúnam todas as condições necessárias, são excedentes. Para que possam ser utilizados em tentativas posteriores de engravida. A eficácia desta técnica é superior à crioconservação de gâmetas, contudo, apresenta implicações éticas e biológicas.

A utilidade destes milhares de embriões supérfluos é muito variada, desde guarda-los para originar uma gravidez mais tarde, possivelmente quando um dos progenitores tiver fortes indícios de que ficara infértil (problemas associados ao envelhecimento, cirurgias e doenças), utilizá-los de forma a salvar a vida a irmãos, doá-los a outros casais inférteis, e até, serem utilizados em investigações para fins terapêuticos.

A questão que se coloca é, será ético faze-lo? Serão estas utilizações plausíveis?

“O próprio congelamento dos embriões, mesmo se executado para assegurar uma conservação em vida do embrião — crioconservação — constitui uma ofensa ao respeito devido aos seres humanos, uma vez que os expõe a graves riscos de morte ou de dano à sua integridade física, priva-os ao menos temporariamente da acolhida e da gestação maternas, pondo-os numa situação susceptível de ulteriores ofensas e manipulações.”
(Sagrada congregação para a doutrina da fé)

Neste excerto temos a perspectiva religiosa da crioconservação embrionária. Que como se vê é completamente contra.

“Embriões congelados aumentam o risco de gravidez ectópica
Dr. David Keef e seus colegas da Universidade Brown em Providence, Rhode Island (EUA) comparou o resultado da implantação no útero de 2.452 embriões "frescos" e 392 embriões congelados que foram descongelados. A utilização de embriões congelados causou 17 vezes mais gestações ectópicas (potencialmente letais). Outra pesquisa detectou defeitos genéticos em embriões congelados. A autoridade britânica de fertilização e embriologia humana manifestou grave preocupação. Os resultados das pesquisas foram apresentadas na conferência da Associação Americana para medicina reprodutiva.”
(Maxine Frith. Independent 15.10.03 p 4)

Em cima temos um artigo científico sobre a crioconservação, mostrando algumas das suas desvantagens. Apesar de todos estes contras, a crioconservação embrionária é muito útil, sendo, quanto a mim fundamental nos tempos que correm, visto estarmos numa sociedade baseada no desenvolvimento científico-tecnológico. Sendo as suas aplicações muito úteis.

Bioconservação de Embriões, by Mónica


COMO OS EMBRIÕES CONGELADOS PODEM SALVAR VIDAS?

Os embriões obtidos de tentativas de fertilização in-vitro, congelados em nitrogênio líquido, são PROBLEMAS para alguns e ESPERANÇA de cura para milhares. O Problema: Após o processo de FIV, os embriões gerados em excesso são armazenados para fazer outras tentativas, caso as primeiras implantações não funcionem. A probabilidade de que um embrião implantado no útero gere uma vida é de cerca de 10%. Após o congelamento essa probabilidade diminui. Além disso, os embriões melhores são sempre seleccionados para implantação. Portanto, aqueles que são congelados já têm uma hipótese muito menor de gerar uma vida, que pode ser quase zero. Mas isso não significa que eles não possam formar um tecido e com isso salvar uma vida! O grande problema é que alguns países, por questões éticas e religiosas, proíbem a destruição desses embriões, ou seu aproveitamento para pesquisas científicas.
A Esperança: Centenas de milhões de pacientes em todo o mundo poderão ser curados se as pesquisas com células-tronco puderem avançar. Vários países já estão a desenvolver pesquisas com embriões de até 14 dias após a fertilização, doados pelas clínicas de fertilização, com consentimento prévio do casal. Nesta fase, o embrião é um conjunto de células com cerca de um quarto do tamanho de uma cabeça de alfinete (0,2mm). Devemos lembrar que os embriões descartados não se tornarão vida humana. O que é mais ético: uma mulher e o seu companheiro decidir doar seus embriões, que nunca se tornarão seres humanos, para centro de pesquisas ajudando a ciência a salvar milhares de vidas ou deixá-los serem deitados no lixo?
Com isto, os casais que possuem embriões congelados e não necessitam mais deles poderiam emitir um consentimento doando-os para pesquisa. Poderiam até mesmo escolher o centro de pesquisa, após obterem informações sobre o projecto em que o embrião seria utilizado, sobre os benefícios que o projecto trará para a humanidade.

Critica:
A crioconservação de embriões é um assunto muito polémico nos dias de hoje. Por um lado estão as questões éticas e religiosas, por outro o avanço do conhecimento científico e a hipótese de se fazerem novas descobertas que poderão salvar muitas vidas.
A meu entender os casais que têm embriões congelados e que não pretendem ter mais filhos é que deveriam decidir o que fazer com eles, mas penso que a opção mais acertada seria doar os embriões a um centro de pesquisas, pois já que esses embriões não iriam gerar uma vida, pelo menos poderiam salvar a de outra pessoa.

Crioconservação de Embriões, by Marta


Noticia sobre a
criação e utilização de embriões
para fins científicos


“Os embriões relativamente aos quais estejam esgotadas todas as hipóteses de implantação no organismo de uma mulher ou de adopção nos três anos seguintes à sua crioconservação, podem, nos termos de legislação própria, ser utilizados para investigação científica desde que essa utilização tenha obtido prévio consentimento expresso informado e consciente dos beneficiários aos quais se destinavam.”

Comentário à noticia

Eu sou a favor de utilizarem os embriões congelados para fins de pesquisa médica.
A questão do descarte de embriões congelados continua a ser uma questão muito delicada na reprodução humana assistida.
Há países, como a Espanha, que permitem o congelamento de embriões durante 5anos e depois deste prazo obriga a sua destruição. Na Dinamarca os embriões que sobram são logo destruídos após a fertilização, sem necessidade de criopreservação
Em alguns países a crioconservação de embriões passados um prazo legal pré-estabelecido podem ser utilizados para pesquisa médica. Na Inglaterra as pesquisas médicas permitidas são aquelas que venham a promover avanços no tratamento da infertilidade, que promovam o desenvolvimento de novas técnicas contraceptivas e que aumentem o conhecimento de doenças congénitas, etc. Nos Estados Unidos e na Bélgica os embriões também são utilizados para pesquisa. Já na Alemanha não é permitido gerar mais embriões do que o que é necessário implantar.